domingo, 22 de maio de 2011

Paraplégico consegue levantar e se mover após tratamento com estímulos elétricos

Um americano que perdeu os movimentos do tronco para baixo após sofrer um acidente de carro agora consegue se levantar, graças a um estímulo elétrico em sua espinha dorsal.

Rob Summers, do Estado de Oregon, disse que ficar de pé sozinho "é uma sensação incrível".
Ele consegue mover voluntariamente seus dedos do pé, quadris, joelhos e tornozelos, além de andar em uma esteira com ajuda de terceiros, segundo pesquisa publicada no periódico especializado The Lancet.

Mas um especialista britânico adverte que o caso não deve ser interpretado como a descoberta da cura para casos de paraplegia.
Eletrodos
Summers foi um bem-sucedido jogador de basquete até 2006, ano em que foi atropelado e teve sua espinha dorsal danificada.
Com isso, sinais enviados pelo seu cérebro, que antes "viajavam" pela espinha dorsal, foram bloqueados, e ele ficou paralisado.
Agora, pesquisadores implantaram 16 eletrodos em sua espinha.
Summers começou a ensaiar diariamente tentativas de se levantar e mover as pernas, enquanto sinais eletrônicos eram enviados para a espinha dorsal.

Em questão de dias, ele conseguiu se levantar sozinho e, depois, obteve controle sobre suas pernas, de forma a dar alguns passos, por curtos períodos de tempo e com o amparo de ajudantes.
Ele recobrou, também, controle sobre funções corporais, como o funcionamento de sua bexiga. "Nenhum de nós acreditou", disse o professor Reggie Edgerton, da Universidade da Califórnia. Para Summers, "foi uma longa jornada, de incontáveis horas de treinamento, que mudaram a minha vida completamente". "Para alguém que, durante quatro anos, não pôde mover sequer um dedo, ter a liberdade e a habilidade de levantar sozinho é uma sensação incrível", disse.
Advertências
Há outros quatro pacientes na fila para receberem tratamento semelhante ao de Summers. O estudo prova que o estímulo elétrico pode ter sucesso, mas, para o professor Geoffrey Raisman, do Instituto de Neurologia da universidade britânica UCL, ainda que o caso seja de grande interesse, a aplicação desse tipo de tratamento no futuro "não pode ser julgada com base em apenas um paciente".
"Do ponto de vista das pessoas que sofreram lesões na espinha dorsal, futuros testes do procedimento podem criar mais uma abordagem de obter benefícios. Não se trata da cura."
A médica Melissa Andrews, do Centro de Recuperação Cerebral, de Cambridge, "as pessoas devem ler (o estudo) e saber que a possibilidade existe, mas pode não chegar amanhã. É o mais perto (da cura a paralisias) que já chegamos, e a melhor esperança no momento".
Para Summers, sua história é uma "mensagem de esperança para pessoas paralíticas quanto à (possibilidade) de andar novamente. É uma grande possibilidade".
UOL-Ciência e Saúde.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A prática de exercícios diminui o risco de doenças.

Tem gente que não faz exercícios porque acha que pode motivar problemas para o corpo, como traumatismos e entorses, por exemplo. Entretanto, é preciso lembrar que a falta de atividade física é a segunda condição que mais leva as pessoas à morte por fatores previsíveis, perdendo apenas para o tabagismo (fumo).

E por que isso acontece?

Um estilo de vida sedentário está associado a 28% das mortes por doenças crônicas. A atual recomendação emitida pelo Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) é que adultos jovens e mais velhos passem a realizar 150 minutos de atividades físicas aeróbicas de moderada intensidade semanalmente, o equivalente a uma caminhada rápida ou 75 minutos de exercícios aeróbicos com alta intensidade (como cooper ou corrida). Sendo possível também fazer um mix destas atividades, mas atingindo o tempo recomendado por semana.
Pacientes que passam a exercer atividades físicas de moderadas a intensas de forma regular têm menor risco de infarto do coração, câncer de cólon, cânceres de órgãos do sistema reprodutor feminino, derrames, hipertensão, hiperlipidemia, diabetes tipo 2, doenças diverticulares e osteoporose. Evidências atuais demonstram que realizar exercícios físicos moderados por 30 minutos levam às prevenções primárias e secundárias de doenças coronarianas.

Exercícios com pesos, principalmente, os de resistência e atividades com impacto aumentam os minerais nos ossos e retardam o desenvolvimento da osteoporose em mulheres, diminuindo inclusive o risco de quedas de idosos. E não apenas para prevenção: os exercícios físicos também trazem benefícios aos pacientes com doenças crônicas. Homens e mulheres com osteoartrites de um ou ambos os joelhos se beneficiam com um programa de caminhada supervisionada, com melhora do status funcional, diminuição de dores e diminuição do uso de medicações. Além disso, as atividades físicas também combatem a depressão e a ansiedade, facilitando a adaptação ao estresse, melhorando a qualidade do sono, o humor e a autoestima.  
Vale ressaltar que pessoas que relataram um tempo maior de atividades de lazer e atividade física estão menos propensos a aumentar o peso. Em contraponto, indivíduos que estão com sobrepeso menos comumente permanecem ativos e com atividades físicas regulares. Nestes casos, pode ser necessário pelo menos 60 minutos de atividades físicas diárias de moderada intensidade para maximizar a perda de peso e evitar o efeito sanfona.

Para facilitar, as atividades podem ser incorporadas na rotina diária, como exemplo, utilizar escada em vez de elevador, andar a pé ou de bicicleta em vez de dirigir, parar longe da entrada dos lugares ou ainda caminhar depois do almoço.

É importante citar que o excesso de atividades físicas pode, sim, facilitar a ocorrência de lesões musculoesqueléticas. Por isso, faça sempre aquecimentos de cinco a dez minutos e alongamentos adequados, aumentando gradativamente as atividades físicas, em vez de aumentar subitamente a intensidade dos exercícios.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Natália Costa - Mais saúde: Dengue é um dos principais problemas de saúde públ...

Natália Costa - Mais saúde: Dengue é um dos principais problemas de saúde públ...: "A revista inglesa The Lancet, uma das mais importantes publicações da área médica em todo o mundo, lançou hoje (9) edição especial sobre a s..."

Dengue é um dos principais problemas de saúde pública no Brasil, segundo revista inglesa

A revista inglesa The Lancet, uma das mais importantes publicações da área médica em todo o mundo, lançou hoje (9) edição especial sobre a saúde dos brasileiros. O trabalho de dois anos resultou em seis artigos sobre os progressos, fracassos e desafios do Brasil.
A dengue aparece como um dos maiores problemas de saúde pública do país. Na última década, foram registrados cerca de 3,5 milhões de casos – entre eles, 12 mil da forma grave da doença (hemorrágica) - e 900 mortes. Para os especialistas, os esforços devem ter como prioridade o surgimento de vacinas contra a doença.
A revista constata também que o Brasil precisa reduzir a taxa de mortalidade por acidentes de trânsito e violência. Os homicídios e as lesões causadas pelo trânsito somam mais de 60% das mortes por causas externas, conforme a publicação.
No lançamento da revista, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu um pacto para reduzir as mortes no trânsito. Para tanto, propõe o estabelecimento de metas para que sejam cumpridas por estados e municípios. Ele defende ainda que os administradores públicos que alcançarem os objetivos sejam premiados.
Na categoria dos sucessos, o periódico aponta o programa de distribuição dos antirretrovirais, a adoção de leis e medidas para inibir o fumo, queda nas taxas da mortalidade infantil e de desnutrição e o combate à pobreza.
Para a revista, os desafios são reduzir as disparidades econômicas e sociais e fazer ajustes na gestão da rede pública. “A administração de um sistema de saúde pública complexo e descentralizado, em que um grande parte dos serviços é contratada para o setor privado, juntamento com muitos provedores de seguros privados, inevitavelmente causa conflito e contradição”, diz o último artigo da Lancet.
Apesar dos vários desafios e problemas a resolver, a editora da revista, Sabine Kleinert, disse que o Brasil despertou interesse por implantar um sistema universal de saúde e ter conseguido avançar em algumas áreas em curto período de tempo. “Vários países devem saber como funciona o sistema brasileiro e seguir o exemplo.”
A série foi elaborada por 29 especialistas em saúde pública do Brasil, dos Estados Unidos e da Inglaterra.


Por
Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Em Brasília