domingo, 24 de abril de 2011

Um trabalho promovido pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) em parceria com pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe constatou que o uso de mochilas pode prejudicar a postura de crianças, principalmente entre os menores

O estudo feito com estudantes entre 9 e 12 anos, que carregavam mochilas, concluiu que 77,5% se queixaram de dor nas costas e 30% já apresentavam variações posturais importantes.
Luiz Carlos Lopes, pesquisador envolvido no estudo, explica que cerca de 80% dos estudantes transportavam a mochila de forma correta. “O problema estava no peso excessivo do acessório, superior aos 10% do peso da própria criança.”
O estudo avaliou a massa corporal (kg), estatura dos alunos (cm), presença de alterações posturais, quantidade de carga transportada (kg), modelos e modos de transporte das mochilas. “Setenta por cento das mochilas estavam acima do peso recomendado”, lembra Lopes.
Especialistas fazem alerta
De acordo com Lopes, os cuidados básicos para o uso adequado da mochila devem incluir os seguintes itens:
a. A criança não pode carregar na mochila mais do que 10% de seu peso;
b. Nunca carregá-la com apenas uma das tiras passada pelos ombros, pois isso pode provocar escoliose;
c. As tiras devem ser tensionadas para que a mochila fique bem junta ao corpo, e 5 centímetros acima da linha da cintura.
“O problema da mochila tem várias facetas, pois falta regulamentação sobre o assunto e os estudantes acabam carregando diariamente livros e cadernos em excesso para acompanhar as aulas”, enfatiza Osvandré Lech, presidente da SBOT.
Lech defende ampla discussão do tema, pois tanto é necessário que os pais verifiquem se o peso que a criança carrega não é excessivo, como é preciso pensar em soluções alternativas. O armário para deixar os livros na escola – comum em países como os EUA – é uma delas, ou a maleta com rodinhas, para ser puxada e não carregada. E até as editoras precisam pensar em soluções.
“Na França, por exemplo, a gramatura das folhas dos livros é menor para as publicações escolares”, diz Lech, indicando que isso diminuiria o peso carregado pelas crianças e consequentemente os problemas acarretados pelo hábito.
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com informações da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Fisioterapeutas e dentistas aderem ao protesto dos médicos em 7 de abril.

 O dia 7 de abril será um dia de caos para as pessoas que utilizam os planos de saúde e buscam atendimento de médico, dentista ou fisioterapeuta. As três categorias estão se juntando, no Paraná, para a paralisação que pede o reajuste dos valores de consultas e procedimentos por parte das operadoras de saúde, em índices de 92% para os médicos e até 200% de reposição de inflação para os fisioterapeutas. Os dentistas reivindicam a adoção de uma tabela própria.
O presidente do Sindicato dos Odontologistas do Paraná (Soepar), Mário Pansini, explicou que não há um valor mínimo, mas a categoria reivindica que as operadoras passem a adotar uma tabela criada pela categoria há um ano e meio, que traz o valor da consulta como base de cálculo de todos os procedimentos atrelados ao atendimento.
De acordo com informações do Conselho Federal de Medicina, cerca de 160 mil profissionais atendem por convênios no País, quase metade do total. No Paraná, a ação regionalizada dos fisioterapeutas, encabeçada pela Associação Paranaens e  das  Empr e sãs Prestadoras de Serviços de Fisioterapia (Apfisio), representa mais de 400 clínicas. Segundo a presidente da Apfisio, Marlene Izibro Vieira, o atendimento por convênio representa 90% dos serviços, Ela informou ainda que se até o dia 6 de abril não conseguirem uma boa negociação, o descredenciamento vai acontecer. “As operadoras é que terão de explicar a seus pacientes por que não há fisioterapeutas para atendê-los”, diz. Os médicos também ameaçam se descredenciar caso não haja solução para o impasse.

Por Rosselane Giordani